Ao menos 33 autoridades brasileiras possuem algum antepassado direto que teria escravizado pessoas no Brasil Colônia e Império. Essa é uma das conclusões do Projeto Escravizadores, iniciativa da Agência Pública que mapeou a genealogia de todos os governadores e senadores em exercício, além dos presidentes desde a redemocratização. O projeto foi feito com apoio do Pulitzer Center.
Você pode conferir cada político e seus antepassados até o vínculo com um escravizador na página principal do projeto. É só clicar em cada personalidade.
O trabalho é fruto de mais de um ano de apuração, que envolveu pesquisas em fontes diversas (como registros paroquiais, hemerotecas, arquivos públicos e cartórios), decifrar escrita paleográfica em arquivos históricos e cruzar esses dados com pesquisas acadêmicas e outros documentos. Muita consulta com pesquisadores em História e Genealogia. Muitas pessoas incríveis na equipe que fez tudo isso acontecer (obrigada pela parceria!).
Este projeto foi inspirado em iniciativas de outros países, como os EUA e Inglaterra. Mas como adaptar uma metodologia para a realidade brasileira, que não tem os mesmos dados que outros lugares e onde a escravidão não aconteceu da mesma forma? Conto um pouco disso nessa reportagem: https://lnkd.in/dR3JGgnn
Até o momento (fevereiro/2025), foram publicados 15 reportagens que falam sobre os achados da pesquisa, aprofundam histórias e discutem temas que atravessam nossas descobertas, como reparação histórica, o desafio de mapear genealogia de pessoas negras, a manutenção do poder de clãs políticos ao longo das gerações, etc.; uma página principal interativa; um texto de metodologia da pesquisa; um vídeo de lançamento; participação no podcast da casa, o Pauta Pública; uma newsletter para Aliados; live para discutir o projeto e mostrar como investigar antepassados; um manual de como investigar antepassados
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