“Um dia, Béa ouvira a fala de um rio. E quem diria, pensava ela, que um tantinho de água arrastando num leito tão esmirradinho fosse capaz de oceanar as dores de sua secura. Ninguém diria. Mas o enfraquecido riozito anunciou a morte de suas águas. Quem passasse pelas suas margens, podia ouvir, se quisesse, o líquido soluçar agônico de uma escassa correnteza. Era só colar o ouvido na terra. Era só ouvir as vozes das margens. Ah! Macabéa era minguadinha também. Nascera raquítica e muito. Mas sobrevivera. Sobreviverá. Sempre”